terça-feira, 20 de abril de 2010

Nacht #2: Verlegung

Ei galère, como estão? De volta para mais uma empreitada, agora com a Pris à frente do projeto (afinal, é a história da personagem dela ;D). De qualquer forma, não me perguntem o que esperar daqui pra frente, porque nem eu sei o que pode rolar nessa história! =O

Enfim, apreciem o primeiro capítulo do Mika nessa nova fase. O título quer dizer: "Mudança". Por que? Leiam! ;-)


_Fique para trás querida, eu cuido disso._eu falei, me colocando à frente de Sophia. Das sombras a nossa volta foram brotando vampiros, nos cercando lentamente, seus largos sorrisos deixavam à mostra os longos caninos. Eu sentia no ar o cheiro deles, a vibração de sua energia tenebrosa tentava inebriar meus sentidos. Dei um passo a frente, mesmo desarmado. Era meu dever proteger minha noiva a qualquer custo, e isso se tornara mais fácil com o tempo. Havia me acostumado a enfrentar vampiros, e havia treinado para momentos assim.

Puxei a luva que cobria minha mão esquerda, ajustando-a melhor. Eles pouco a pouco se aproximavam, fechando cada vez mais o cerco. Senti uma massa de ar se movendo a minha direita, e sem pestanejar, atingi em cheio o oponente, durante sua investida precipitada. Ao derrubá-lo, chutei-lhe o rosto, partindo-lhe os dentes sem dificuldade. Sorri e me preparei para a próxima investida, vinda de dois flancos, visando meu pescoço com voracidade.

Atingi o primeiro com um soco, porém senti o hálito do segundo mais próximo, sua boca aberta, pronto para me morder, quando ouviu-se um tiro seco, e a criatura caiu inerte aos meus pés. Ao olhar pra trás, Sophia me olhava, com um sorriso nos lábios, enquanto Friedrich segurava sua arma de caçador, o cano ainda fumegante. Falou, em um tom divertido e desafiador:

_Isso é um absurdo! Vampiros invadindo a casa de um caçador! Nunca ouvi tamanha falta de cortesia e bom senso! E você, Mikhail, não devia se esforçar tanto. Vamos lá, divirta-se.

Lançou-me minha espada já fora da bainha, a qual eu peguei no ar. Sorri, virando-me novamente para o grupo de vampiros que agora observava apreensivo. Abri os braços em desdém e disse:

_O que foi? Desistiram de atacar? Logo agora, que estamos em pé de igualdade? Covardes!

Com o orgulho ferido, meus algozes avançaram em um ataque apressado. Mais um erro. Cortei dois deles com um giro de minha espada. O terceiro caiu com um tiro de Friedrich, antes que pudesse me ferir com suas garras. Deixei que o quarto do grupo enterrasse suas presas em meu ombro, para que provasse do sabor da morte. Meu sangue, maldito e alterado, ardeu pela garganta da fera, e rapidamente se espalhou como vírus dentro do corpo de meu inimigo.

Avancei, pulando por sobre o corpo de meu oponente, que se contorcia em espasmos irregulares. Restavam poucos deles, que foram sendo eliminados rapidamente por minha lâmina, aliada aos tiros de meu sogro, que atingiam os alvos com precisão. O último deles Sophia prendera, ao chegar sorrateiramente até ele. Levamos ele para dentro de casa, para interrogá-lo sobre suas intenções ao invadir a propriedade de um Hunter famoso.

Colocamos o vampiro sentado em uma cadeira, amarrado a ela firmemente. Ele não dissera qualquer coisa até então, e parecia disposto a continuar calado, mesmo sob ameaça. Revistando seus bolsos, encontrei apenas um bilhete escrito em russo, minha língua nativa, porém sem nada de relevante, além de um encontro marcado para aquele dia, horas antes do ataque. Mas ao menos já sabíamos a língua de nosso prisioneiro.

Após explicar as coisas para minha família, decidi conversar com o vampiro, para tentar extrair dele qualquer informação.

“Meu nome é Mikhail, e preciso que me responda a razão de sua invasão a esta casa!”

“Vá pro inferno, humano maldito!”

“Esse humano maldito tem o poder de decidir se você vive ou morre, vampiro. Agora me diga, qual a razão de sua “visita”, e quais eram seus planos!”

“Vai me ver morto antes que eu fale qualquer coisa pra você.”

Suspirei alto. Aquele vampiro de língua afiada estava começando a me irritar. Peguei minha espada e pressionei contra seu ombro, até que um filete de sangue começasse a escorrer. O vampiro gemeu, enquanto meu sogro me olhava, levemente espantado.

“É melhor dizer, ou você terá uma morte horrível nas minhas mãos.”

“Se eu disser e sair vivo daqui, minha morte será ainda mais terrível do que a que tem planejada para mim, humano!”

Tirei a ponta da espada de seu ombro, e abri um fino corte em meu dedo com a lâmina. Passei o sangue em sua testa, com um risco rápido. Imediatamente, as propriedades de meu sangue começaram a agir, queimando-lhe a fronte. O vampiro berrou.

“O que é você? O que fez comigo?”

“Eu sou o flagelo dos vampiros. Meu sangue faz com que vocês queimem, apodreçam, tornem-se pó! Ainda acha que manter-se calado vai te salvar de alguma dor?”

Com a respiração entrecortada, o vampiro falou, com seu sotaque da Rússia.

“Fomos contratados para capturar Sophia Von Klaus, uma vampira foragida que estava exilada na Alemanha. Ao chegarmos aqui, recebemos esse endereço, e viemos pra cá. Na carta ainda dizia que ela era de extrema periculosidade, e por conta disso havia tantos outros no grupo. Não imaginei que era uma casa de hunters.”

“E da onde veio essa carta? Não havia remetente, ou endereço?”

“Bem, eles são clientes assíduos dos meus...”serviços”, e acredito serem uma organização grande, pois nunca recebo ligações da mesma pessoa.”

“Como sabem ser do mesmo grupo?”

“As cartas vêm sempre seladas com um símbolo específico, uma foice negra sobre um círculo branco. Nos telefonemas, sempre se identificam como Viikate.”

“Certo. E da onde vem as cartas?”

Após um período hesitante, nosso prisioneiro disse.

“Todas vem carimbadas da Dinamarca, mais especificamente de Copenhague.

Virei para Sophia e disse, com um sorriso tranqüilo:

_O que acha de conhecermos a Dinamarca?

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