quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Crônica #22: Path of Regret

Oi pessoal, tudo bem? ao contrário do que a Pris disse, não demorei tanto assim com esse, não é mesmo? xD

Enfim, aproveitem mais esse capítulo, só cuidado para não arrancarem os cabelos, com a expectativa do próximo! *evil laugh* ;)


Pegamos o carro de meus avós emprestado e saímos. No carro, Roberto lia seus apontamentos, verificando possíveis erros.

_Deixa eu ver se entendi. Christian Rozenkreuz encontrou um meio de tornar-se imortal, e vive até hoje por aí. Os Stravinsky são na verdade os descendentes dos Brunetière, que juraram proteger a linhagem dos Kreuz, ou seja, o nosso Mika, aqui...ok.

_Isso, e adicione aí como incógnitas a morte de Laura, e como Christian descobriu a existência e o paradeiro de Mika._disse minha noiva, pensativa.

Pouco depois, chegamos à igreja de Sta. Sophia, ou o que restara dela. Descemos do carro e caminhamos, até onde ficava a porta. O cenário era desolador. As paredes de pedra haviam resistido, porém a porta, os vitrais e o teto haviam sido consumidos pelas chamas. Entramos com cuidado, passando pelos destroços. Lá dentro, a destruição era ainda mais visível.

O chão e as paredes estavam negros como carvão. As imagens de santos, todas destruídas. Bancos, portas e pedaços do telhado, transformados em cinzas. Apenas um pequeno trecho, no canto esquerdo, permanecia intacto. Fui diretamente pra lá.

Um anjo de gesso em tamanho natural, do lado esquerdo, foi o marco onde o fogo parou, pois só a face direita havia sido tocada pelas chamas. Isso era visível, pois somente metade de seu rosto estava escurecida. Me aproximei da imagem, que tinha um rosto implacável e uma espada erguida nas mãos. Sua imagem parecia ainda mais terrível com metade da face sombreada, cor de carvão.

_Algo de errado aí, Mika?_minha noiva veio ao meu encontro, para olhar a imagem mais de perto._estranho o fogo ter parado exatamente aqui, o que será que aconteceu?

_Bom, segundo a reportagem sobre o incêndio, começou a chover pouco depois do incêndio começar, mas até aí, já havia consumido quase a igreja inteira. Só esse lado esquerdo ficou intacto, e mesmo assim, ainda bastante destruído._Roberto explicou, olhando para os pés do anjo, onde havia uma placa de bronze parcialmente derretida onde lia-se:

Uriel

Anjo do Arrependimento

Ergui uma sobrancelha e disse em tom sarcástico, examinando a estátua:

_O arrependimento com uma espada na mão? Nem um pouco ameaçador...

Sophia riu, e observou as paredes que não haviam sido consumidas, tentando encontrar alguma pista ou indício, mas aparentemente, nada fora do comum. Roberto, forçando um pouco a mente, disse:

_Uriel, pelo que me lembro, é aquele que precede a tempestade. Apropriado para essa situação de incêndio. O que de qualquer jeito é estranho, porque dizem que ele não tem piedade de nada...

Toquei o gume da espada que a estátua segurava, e para minha surpresa, estava afiado. Surgiu um talho fundo em meu indicador, por onde escorreu um pouco de sangue. Soltei uma exclamação de surpresa, e Sophia virou-se rapidamente para mim:

_O que houve, querido? Algo de errado?

_Não, só cortei o dedo...

O olhar de minha noiva paralisou-se na estátua, e eu instintivamente me virei para ver. E ali, no lado branco do anjo, pude compartilhar do assombro de Sophia. O pouco sangue que saiu do corte em meu dedo escorria agora pela lâmina de gesso, revelando ranhuras, como um emaranhado de veias em baixo relevo, que cobriam toda a espada. Ao preencher toda a extensão da lâmina, o olho esquerdo de Uriel se iluminou, e o chão cedeu sob nossos pés. Entre exclamações de surpresa e sustos, estávamos mais uma vez no subsolo de uma igreja. Na total escuridão.

_Olha, eu não sei vocês, mas eu tenho certeza que isso não foi causado por enfraquecimento da estrutura do prédio... _resmungava Roberto, sacudindo a poeira de suas roupas. Em seguida acendeu um isqueiro, e percebemos que o chão não havia cedido, realmente. Uma parte do chão desceu, juntamente conosco e com a estátua de Uriel, que agora estava ali ainda imponente, porém sem mais o brilho no olhar.

_Essa estátua era um elevador para o “subsolo 1”, Mikhail. Parabéns, você ativou ela, mesmo sem saber..._Roberto disse, sorrindo brevemente. Seu sorriso deu lugar a um olhar desconfiado para o caminho à frente. Um túnel estreito, que seguia sem qualquer vestígio de saída, rumo a escuridão. Dei de ombros.

_Pelo menos ninguém aqui sofre de claustrofobia...

E lá na frente, ouvi um murmurar sem sentido. Segurei o punho de minha espada, esperando o que quer que estivesse a frente. O sussurro só aumentava, ficando cada vez mais próximo, até que se tornou uma voz sibilante e gelada:

_Finalmente, nossos convidados chegaram. Vamos recebê-los de forma bem calorosa!

Roberto já tinha sua cinquedea em mãos, e Sophia aguardava, apreensiva, com sua adaga em mãos. Dei um passo a frente, a espada firmemente segura.

_Quem são vocês? Apareçam de uma vez!_minha voz saiu mais firme do que eu esperava, mas era bem apropriado, afinal estávamos no covil do inimigo.

_Como quiser, garoto insolente!

E das sombras saltaram três vultos negros, vindo em nossa direção. Sem pensar, brandi minha espada contra o primeiro, que se partiu em dois, com um grito furioso. Engoli em seco, pois fora mais impulsivo do que planejado. Os outros vultos recuaram, ficando à espreita. Segurei a espada mais firmemente, retomando a compostura. As sombras voltaram a atacar, mas cortamos à frente com rapidez, desintegrando-as.

_Bem, parece que somos esperados mesmo... _disse Roberto, passando seu punhal de uma mão para a outra. Arrancamos uma tábua do elevador com a estátua de Uriel, e fizemos uma tocha improvisada. Seguimos em frente, em uma fila única. O corredor aos poucos ia se estreitando, porém após uma curva, podíamos ver uma larga abertura, por onde brotava luz. Corremos até lá, e após a pequena entrada, um largo salão revestido de mármore se abrira aos nossos olhos.

Completamente iluminado por archotes, o salão possuía seis colunas largas, distribuídas uniformemente por sua extensão. E bem na nossa frente, do outro lado da sala, uma centena de encapuzados nos aguardava. Não podíamos ver seus rostos ou qualquer parte de seus corpos, por baixo do longo manto negro, mas certamente pareciam afoitos, prontos para iniciar algo grande. Um deles disse, a voz arrastada e fria:

_Estamos aqui a mando de nosso mestre, para verificar se são dignos de estarem em sua presença. Em guarda!

Aquelas dezenas de pessoas sacaram de armas como espadas, lanças e machados, e marcharam para os lados da sala. Só restaram três deles, que caminhavam para o centro do grande salão, que agora remetia mais a uma arena de gladiadores.

_Obviamente, não seríamos injustos a ponto de marcharmos todos em sua direção. Como nosso mestre e senhor é benevolente, iremos três de cada vez. Uma luta justa, contra os três jovens visitantes.

Pude sentir um tom prazeroso na voz daquela sombra, e percebi que não havia jeito, a não ser lutar. Fechei os olhos por um momento, enquanto ouvia Roberto dizer, em voz baixa:

_Vocês tem certeza que isso é necessário?

_Creio que não estejamos em posição de negociar. Alguma idéia, meu Amor?_perguntou-me Sophia. Eu apenas respirei fundo, e, abrindo os olhos gritei, sacando minha espada:

_En Garde!

E a luta começou.

sábado, 14 de novembro de 2009

Crônica #21: Heritage

Yo! Mais um capítulo novo pra o pessoal, cheio de revelações bombásticas! (Se bem que ainda tem muito mais pra revelar nessa história do que podemos dizer nesse capítulo, mas enfim... :x) Demorei muito? Acho que sim, mas nem tanto. Pelo menos, não tanto quanto o Al demoraria *corre pra não apanhar* Brincadeiras à parte... Espero que gostem =)



Decidimos terminar o café-da-manhã, antes de o casal de idosos continuar a narrar uma história que, certamente, seria de importância vital para prosseguirmos com a investigação.
Após a refeição, todos fomos para a sala, onde continuaríamos a conversa. Foi o avô de meu noivo o primeiro a romper o silêncio.

- Garotos – ele suspirou – Nós não podemos ajudar muito, com relação ao atual paradeiro de Christian ou de seus seguidores. Tudo que podemos fazer é esclarecer o passado, para que possam compreender melhor a situação.
- Atual paradeiro? – questionou Mikhail, parecendo confuso – Então isso quer dizer...
- Sim, meu filho. Ele está vivo, em algum lugar por aí...

Roberto se remexeu desconfortavelmente no sofá.

- Mas isso não é possível! Christian era um homem comum, deveria ter morrido há muitos anos!
- Mas não morreu – a senhora balançou a cabeça, pesarosa – Ele concluiu o trabalho de sua vida, logo após a morte de Laura. Christian... Tornou-se um imortal.

Ficamos todos em silêncio, estarrecidos. O Sr. Brunetière prosseguiu.

- Não sem antes utilizar-se de muitas vidas. Afinal, testes precisavam ser feitos... Como descendente de grãos-mestres, herdei alguns escritos da época, passados de geração em geração. Há registros de mortes e experimentos que falharam, mas os “seres” produzidos desse modo foram mantidos sob controle da sociedade, para efetuar mais pesquisas. Ao que parece, essas aberrações eram mantidas em absoluto sigilo, monitoradas por Christian pessoalmente, em um certo laboratório subterrâneo...
- O mesmo laboratório que visitamos – conclui, pensativa – Os ghouls eram as aberrações de Christian...
- Exato, jovem Sophia... Os mesmos ghouls utilizados no massacre da igreja que vocês foram. A essa altura, meus ancestrais já haviam fugido, Christian era imortal, e sua esposa já estava morta. Tudo o que ele desejava era apagar os traços daquilo que construíra. Havia enlouquecido...
- E então – A Sra. Brunetière interveio, continuando a história -, quando reparou no sumiço do casal de grãos-mestres e de seu próprio filho, foi atrás deles, forçando-os a fugir, mudando de país em país. E foi assim que chegaram aqui. Não sabemos se ele desistiu de procurar, ou se perdeu a pista do casal. O fato é que vivemos algumas gerações em paz, e o assunto foi quase esquecido. Por isso não tivemos um herdeiro, para continuar a proteger o jovem Mikhail. Achávamos que não fosse mais necessário. Até a morte dos nossos protegidos...
- Meus pais... – meu noivo fitava o chão, abatido. Segurei a mão dele, acariciando-a, esperando que isso o confortasse.
- Sim... Percebemos, então, que o perigo não havia passado. Estava vivo, em algum lugar... Esperando uma chance...
- Então, apesar de tudo, Christian ainda tem aliados? – questionou Andolini, curioso. Foi o avô de Mikhail a respondê-lo.
- Não exatamente. Eles são remanescentes, herdeiros de pesquisadores de baixa hierarquia na antiga Rosenkreuz que conseguiram escapar ao massacre. Embora não saibam onde está seu mestre, acreditam que ele ainda exista, e fariam tudo para servi-lo. Em troca, é claro, da “Fórmula da Imortalidade”. São grupos bastante fragmentados e independentes entre si, o que torna ainda mais difícil encontrá-los. Acreditamos que os pais de Mikhail foram mortos por integrantes de um desses grupos... Ou talvez pelo próprio Christian... Nunca se sabe.
- Achamos que vocês devem visitar a Catedral logo – disse a avó de meu noivo, séria – Pode ser que lá encontrem alguma pista. Afinal, ela não foi escolhida por acaso... Sophia. O mesmo nome da jovem noiva de nosso neto. Significa que devem saber sobre ela.
- Ou pior... – continuou o avô – Pode ser um aviso. Um aviso para que tomem cuidado... Especialmente a preferida de Mikhail. Talvez eles achem que seria um bom agrado ao seu senhor fazer sofrer o descendente, matando-lhe a esposa. Fazendo-o perdê-la, como Christian perdeu sua própria...

Mikhail apertou minha mão com força, os olhos fixos no chão.

- Eu não vou permitir... Tomaremos cuidado...
- Novamente, querido... Pedimos desculpas por não ter contado antes. Mas a situação há algum tempo era tão diferente, não pensávamos que seria necessário...
- Está tudo bem, vovó – ele olhou-a, com um sorriso amável – Mesmo que não sejamos parentes de sangue... Vocês ainda são minha família, meus avós – ele foi até o casal de idosos, abraçando-os – Vai ficar tudo bem. Iremos agora ver a Catedral, e voltaremos logo.
- Obrigado, Mikhail, meu neto... – disse o Sr. Brunetière – É um bom garoto, e vai conseguir descobrir o que nós não conseguimos. Agora vão. Cuidado, e voltem logo.

E assim, saímos, rumo à Catedral. A Catedral que tinha o mesmo nome que eu.

domingo, 1 de novembro de 2009

Crônica # 20: Truth

Boa noite, amigos! Allan aqui (jura?), com mais um capítulo da epopéia de Mika e Sophy! Enfim, espero que gostem desse capítulo! Abraços, e até a próxima! =**


Fui acordado por passos no corredor. Minha avó, logo cedo correndo com os afazeres da casa. Estar ali novamente me trazia um enorme prazer e nostalgia. Sorri, levantando-me, e deixando Sophia dormir um pouco mais. Me arrumei e desci as escadas, para ajudar meus avós com o café da manhã e outras pequenas atividades. Minha avó não parava de sorrir, desde que me viu pela manhã. Perguntou-me várias coisas sobre Sophia, e viu que respondia a tudo animadamente. Era sempre um prazer falar dela, pensar nela. Tudo que envolvia ela me fazia feliz.

Pouco tempo de conversa depois, Sophia desceu as escadas silenciosamente, e sorriu ao chegar na cozinha. Abracei-a e beijei seus lábios suavemente, desejando a ela um bom dia. Minha avó passou a conhecê-la melhor ali, porém sem ainda dizer que era uma vampira. O choque certamente seria grande, caso tivesse contado logo que chegamos. Quando Roberto surgiu na cozinha, sentamo-nos para o café.

Tomamos café tranquilamente, conversamos um pouco mais e então fui ao ponto que nos levara até ali:

_Vovó, sabe algo sobre a igreja de Sta. Sophia? Eu vi no noticiário, e fiquei preocupado.

Meus avós empalideceram, e ao se entreolharem, percebi que não se tratava apenas de um alerta dos Rosa-Cruz para mim. Havia algo além. Foi meu avô quem começou a explicar.

_Mikhail, meu neto... Você já deve saber de tanta coisa... Nos desculpe, nós não podíamos contar todas as coisas que sabíamos a você. Seus pais nos fizeram prometer a eles, mas... Você sempre foi tão inteligente, tínhamos certeza de que viria até nós, com as perguntas mais difíceis da sua vida...

_Não cheguei até aqui sozinho, vovô... Só consegui chegar até aqui graças a Sophia e a Roberto. Sem eles, eu nem teria decidido sair nessa busca... Mas bem, o que vocês têm a me dizer? O que esconderam de mim?_ perguntei, um pouco mais alterado do que quisera parecer, mas ainda assim, sem modos rudes.

Minha avó sorriu e assentiu, dizendo:

_Bem, primeiro conte-nos o que já sabe, inclusive sobre os vampiros..._E olhou diretamente para Sophia. Minha noiva corou levemente, e eu perguntei assustado:

_Como sabem sobre vampiros? E como sabem que a Sophia é uma vampira...?

_Sabemos de tanta coisa, querido... Inclusive identificar um vampiro quando vemos um... _Sorriu ternamente para Sophia, e em seguida completou._ Mesmo assim, podemos ver que a jovem Sophia é uma vampira decente... E bem, se ela te faz feliz, porque iríamos contra?

Segurei a mão de minha noiva sob a mesa, e sorrimos um para o outro. Meu avô pigarreou e disse:

_Bem, Mikhail... Conte-nos o que descobriu até agora...

E eu contei. Tudo, desde que conheci Sophia e descobri sobre vampiros, Rozenkreuz, os Ghouls na Itália, até a fuga do filho de Christian para a Ucrânia, com os Brunetière. Ao final, meus avós suspiraram e sorriram para nós.

_Realmente, vocês chegaram bem longe, para terem conseguido até mesmo o nosso antigo nome... _Disse minha avó, sorridente. Levantou-se e prosseguiu, pigarreando._ Sim, meu querido... Nosso sobrenome original era Brunetière... Nós somos os guardiões do legado de Kreuz. Somos seus guardiões. Sempre estivemos aqui para protegê-lo. Mesmo depois da vergonha que sofremos quando falhamos com seus pais...

Eu olhava para eles, incrédulo. Sophia segurou meu braço, sem compreender direito, enquanto Roberto divagava em um canto da cozinha. Perguntei, a boca seca:

_Como assim...? Meus pais...?

_Sim, querido... Eles não morreram... Foram mortos, pelos asseclas de Rozenkreuz. Não pudemos fazer nada para detê-los. Ainda bem que o mandamos para o exterior, antes que o pior acontecesse..._disse minha avó, tristemente. Sophia perguntou, um pouco pensativa:

_Por favor, expliquem isso direito, de guardiões e asseclas de Rozenkreuz...

_É claro, jovem. Bem, eu e Marie somos os descendentes da família Brunetière. Ligados aos Kreuz pela promessa de proteger e servir. A cada geração, mantemos nossa descendência protegendo aos descendentes de Kreuz, em nome do amor que Laura Kreuz sentia por seu filho. _Explicava meu avô, perante minha face perplexa. Prosseguiu._ E Christian Rozenkreuz prometeu nos tempos antigos que destruiria todo o seu legado e seu sangue. E por isso os seguidores dele ainda procuram por sobreviventes da linhagem de seu antigo mestre, como o pequeno Mikhail...

Todas aquelas informações juntas me faziam passar mal, ainda mais por saber que eles sempre souberam, mas nunca haviam me revelado. E pra completar, eles nem ao menos eram meus avós verdadeiros. Tudo aquilo era muito perturbador, e de certa forma triste. Eu era apenas um fardo para aqueles que me criaram. Algo assim tinha que terminar, de uma forma ou de outra. Levantei-me da mesa e disse, o mais firme que pude:

_Fiquem tranqüilos, eu vou acabar com os Rosa-Cruz, para que nenhum outro descendente meu ou de vocês tenha que ficar preso por antigos costumes! Aliás, eu libero vocês desse juramento...

Meu avô sacudiu a cabeça.

_Não é simples assim, Mikhail. Não há como deter os Rosa-Cruz. Nunca se soube como ou onde eles se instalam, quem é o seu líder, nada disso! Se soubéssemos, nós mesmos, ou nossos ancestrais, teriam dado cabo disso, para que o legado se descontinuasse.Porém, não é possível...

_Dê-me mais algumas informações, e eu vou encontrar por conta própria! Cheguei até aqui, não há como me impedir de continuar!

_Está bem... Contaremos tudo o que soubermos... _disse minha avó, ternamente._ Você tem razão, Mikhail. Você tem pessoas valorosas ao seu lado, e conseguiu chegar até aqui... Nenhum outro Kreuz na história descobriu a ligação sinistra que existe entre seu sobrenome e a terrível organização por trás disso... Você é diferente, e tem uma chance real de impedir esse mal de continuar...

Roberto aproximou-se da mesa, interessado no que viria a seguir. Afinal, nos aproximávamos de nosso objetivo cada vez mais.E agora aquilo tornara-se mais do que mera curiosidade, pelo menos para mim. Agora era algo muito maior, que envolvia minha família, e qualquer descendência que viesse. Não quereria um futuro de medo e incerteza para meus filhos. Precisava de livrar do problema, e sentia que ali encontraria a solução.