Yo! Mais um capítulo novo pra o pessoal, cheio de revelações bombásticas! (Se bem que ainda tem muito mais pra revelar nessa história do que podemos dizer nesse capítulo, mas enfim... :x) Demorei muito? Acho que sim, mas nem tanto. Pelo menos, não tanto quanto o Al demoraria *corre pra não apanhar* Brincadeiras à parte... Espero que gostem =)
Decidimos terminar o café-da-manhã, antes de o casal de idosos continuar a narrar uma história que, certamente, seria de importância vital para prosseguirmos com a investigação.
Após a refeição, todos fomos para a sala, onde continuaríamos a conversa. Foi o avô de meu noivo o primeiro a romper o silêncio.
- Garotos – ele suspirou – Nós não podemos ajudar muito, com relação ao atual paradeiro de Christian ou de seus seguidores. Tudo que podemos fazer é esclarecer o passado, para que possam compreender melhor a situação.
- Atual paradeiro? – questionou Mikhail, parecendo confuso – Então isso quer dizer...
- Sim, meu filho. Ele está vivo, em algum lugar por aí...
Roberto se remexeu desconfortavelmente no sofá.
- Mas isso não é possível! Christian era um homem comum, deveria ter morrido há muitos anos!
- Mas não morreu – a senhora balançou a cabeça, pesarosa – Ele concluiu o trabalho de sua vida, logo após a morte de Laura. Christian... Tornou-se um imortal.
Ficamos todos em silêncio, estarrecidos. O Sr. Brunetière prosseguiu.
- Não sem antes utilizar-se de muitas vidas. Afinal, testes precisavam ser feitos... Como descendente de grãos-mestres, herdei alguns escritos da época, passados de geração em geração. Há registros de mortes e experimentos que falharam, mas os “seres” produzidos desse modo foram mantidos sob controle da sociedade, para efetuar mais pesquisas. Ao que parece, essas aberrações eram mantidas em absoluto sigilo, monitoradas por Christian pessoalmente, em um certo laboratório subterrâneo...
- O mesmo laboratório que visitamos – conclui, pensativa – Os ghouls eram as aberrações de Christian...
- Exato, jovem Sophia... Os mesmos ghouls utilizados no massacre da igreja que vocês foram. A essa altura, meus ancestrais já haviam fugido, Christian era imortal, e sua esposa já estava morta. Tudo o que ele desejava era apagar os traços daquilo que construíra. Havia enlouquecido...
- E então – A Sra. Brunetière interveio, continuando a história -, quando reparou no sumiço do casal de grãos-mestres e de seu próprio filho, foi atrás deles, forçando-os a fugir, mudando de país em país. E foi assim que chegaram aqui. Não sabemos se ele desistiu de procurar, ou se perdeu a pista do casal. O fato é que vivemos algumas gerações em paz, e o assunto foi quase esquecido. Por isso não tivemos um herdeiro, para continuar a proteger o jovem Mikhail. Achávamos que não fosse mais necessário. Até a morte dos nossos protegidos...
- Meus pais... – meu noivo fitava o chão, abatido. Segurei a mão dele, acariciando-a, esperando que isso o confortasse.
- Sim... Percebemos, então, que o perigo não havia passado. Estava vivo, em algum lugar... Esperando uma chance...
- Então, apesar de tudo, Christian ainda tem aliados? – questionou Andolini, curioso. Foi o avô de Mikhail a respondê-lo.
- Não exatamente. Eles são remanescentes, herdeiros de pesquisadores de baixa hierarquia na antiga Rosenkreuz que conseguiram escapar ao massacre. Embora não saibam onde está seu mestre, acreditam que ele ainda exista, e fariam tudo para servi-lo. Em troca, é claro, da “Fórmula da Imortalidade”. São grupos bastante fragmentados e independentes entre si, o que torna ainda mais difícil encontrá-los. Acreditamos que os pais de Mikhail foram mortos por integrantes de um desses grupos... Ou talvez pelo próprio Christian... Nunca se sabe.
- Achamos que vocês devem visitar a Catedral logo – disse a avó de meu noivo, séria – Pode ser que lá encontrem alguma pista. Afinal, ela não foi escolhida por acaso... Sophia. O mesmo nome da jovem noiva de nosso neto. Significa que devem saber sobre ela.
- Ou pior... – continuou o avô – Pode ser um aviso. Um aviso para que tomem cuidado... Especialmente a preferida de Mikhail. Talvez eles achem que seria um bom agrado ao seu senhor fazer sofrer o descendente, matando-lhe a esposa. Fazendo-o perdê-la, como Christian perdeu sua própria...
Mikhail apertou minha mão com força, os olhos fixos no chão.
- Eu não vou permitir... Tomaremos cuidado...
- Novamente, querido... Pedimos desculpas por não ter contado antes. Mas a situação há algum tempo era tão diferente, não pensávamos que seria necessário...
- Está tudo bem, vovó – ele olhou-a, com um sorriso amável – Mesmo que não sejamos parentes de sangue... Vocês ainda são minha família, meus avós – ele foi até o casal de idosos, abraçando-os – Vai ficar tudo bem. Iremos agora ver a Catedral, e voltaremos logo.
- Obrigado, Mikhail, meu neto... – disse o Sr. Brunetière – É um bom garoto, e vai conseguir descobrir o que nós não conseguimos. Agora vão. Cuidado, e voltem logo.
E assim, saímos, rumo à Catedral. A Catedral que tinha o mesmo nome que eu.
sábado, 14 de novembro de 2009
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