E aí, galera! Mais um capítulo para vocês, que este ser que vos fala esqueceu de publicar! Enfim, leiam e divirtam-se! (btw, o título significa "Companheiros". Spoiler! =O)
_Todos são vampiros, não são?_perguntei a Sophia, enquanto caminhávamos em direção à entrada do movimentado café.
_Provavelmente. Não consigo perceber a presença de nenhum humano, ou outras criaturas. Acho melhor eu entrar lá sozinha, querido.
_De jeito nenhum, Sophy! Vamos primeiro tentar outros meios..._e me encaminhei ao enorme segurança que guardava a entrada. Obviamente, tive a passagem impedida.
_Desculpe senhor, mas este é um bar VIP. Peço que se afaste._ao que minha noiva disse:
_Ele está comigo, nem assim podemos entrar?
O vampiro olhou-a por algum tempo,
_Regras da casa, madame. Pessoas como seu acompanhante não são bem vindas.
Retirei o capuz, revelando o punho de minha espada ao vampiro e disse, com a voz reduzida a um sussurro:
_Eu sei me defender, vampiro. Não se preocupe, só viemos fazer umas perguntas, e não causaremos tumulto. Além do mais, eu tenho sangue ruim._e um esgar sombrio passou por minha face.
Incrédulo, o enorme segurança apenas continuou a me encarar, revelando levemente as presas, em um meio rosnado.
_Tudo bem, humano. Mas por sua conta e risco._e liberou nossa passagem.
Assenti com a cabeça, entrando no ambiente. Alguns rostos se voltaram para mim e Sophia, mas a maioria dos presentes continuou com suas conversas, mal notando minha presença. Tive o cuidado de esconder novamente o punho da espada, e, de mãos dadas com minha noiva, seguimos ao balcão. O balconista se aproximou, surpreso com minha coragem (ou minha loucura).
_Boa noite, sejam bem vindos, turistas! Em que posso servir vocês?
_Uma dose de uísque, por favor._pedi, sentando-me em um dos bancos de madeira, no centro do balcão._e quanto a você, querida?_perguntei, virando-me para Sophia.
_Eu vou querer o mesmo, senhor.
O garçom assentiu, e trouxe dois copos largos, cheios até a metade com um uísque de aroma forte, e igualmente forte ao paladar. Vimos que o balconista continuava próximo, provavelmente curioso para qualquer coisa que um humano tivesse naquele ambiente. Tossi, e então perguntei-lhe diretamente:
_Ei amigo, por favor, nós queríamos fazer algumas perguntas. Será que pode nos ajudar?
O balconista assentiu, e aproximou-se mais do balcão, com um largo sorriso.
_Claro, o que precisam saber?
Sophia tirou do bolso o símbolo da foice negra, colocando-o sobre o balcão. Perguntou em voz baixa:
_O que pode nos dizer sobre isso, senhor? Acredito que possa ter informações sobre isso, e ficaríamos muito felizes se pudesse nos auxiliar.
O velho balconista coçou a barba, olhando para o símbolo com aparente dúvida. Ergueu uma sobrancelha, e então disse, sem olhar para nós:
_Desculpem, não posso ajudá-los, garotos. Nunca vi nada assim antes.
Sussurrei, os olhos perfurando o balconista:
_Viikate. Não significa nada para você?
Ao engolir em seco, o vampiro entregou seu conhecimento. Olhei para Sophia, que assentiu. Antes que pudéssemos falar qualquer outra coisa, o velho disse:
_Me acompanhem, senhores._e já foi seguindo ao final do balcão, onde havia uma pequena porta.
Dei de ombros, e largando os copos no balcão, seguimos o vampiro pela porta dos fundos, atentos a qualquer emboscada. Porém, o balconista apenas nos levou a uma sala vazia, nos fundos do bar. Sentamo-nos em volta de uma mesa, e então o velho começou a dizer:
_Primeiramente, deixe me apresentar. Meu nome é Nikolai. Agora me digam, como dois estrangeiros, sendo um deles um humano, ficaram sabendo da Viikate?
Sophia, com um sorriso nos lábios, relatou ao homem sobre o ataque que sofrera, e sobre a morte de seus pais, deixando de lado certos fatos que talvez comprometessem a investigação. Por fim, perguntou:
_Então senhor Nikolai, do que se trata a Viikate, afinal?
_Bem, a Viikate é um dos braços da organização mafiosa Grådig. Digamos que são aqueles que “sujam as mãos” dentro da organização. São os høstfolkene, os Ceifadores.
_Grupo de extermínio._falei, imaginando o envolvimento de minha noiva nos negócios da máfia, quando ouvimos alguém bater na porta.
_Far?_disse uma suave voz feminina do lado de fora.
_Sim filha, estou aqui, mas estou ocupado._Nikolai falou em voz alta, e nos lançou um olhar, nervoso.
_Posso entrar?_a menina perguntou.
Eu e Sophy nos entreolhamos, assentindo
_Desculpe, Nikolai. Vi que veio para cá com o humano e essa garota, e fiquei intrigado. Pedi então para a pequena Lene me acompanhar até aqui. Podem me explicar o que fazem aqui, estrangeiros?
_Eles queriam informações sobre a Viikate, Soren._Nikolai falou tranquilamente, ao que os olhos questionadores da garota e do jovem vampiro se voltaram para nós. Sophia se adiantou:
_Desculpe, Soren. Meu nome é Sophia, e fui atacada em minha casa, na Alemanha, por homens contratados por essa tal Viikate. Investigando, acabamos vindo parar aqui.
Soren abriu um sorriso simpático, e tirando um folheto do bolso, disse:
_Eu imagino o que uma garota como você fez para ser caçada pela Viikate. Aliás, a recompensa por você não é das piores.
Entregou-nos o folheto, onde havia um retrato de Sophia e uma grande quantia sendo oferecida por pistas de seu paradeiro. Minha noiva parecia atônita, enquanto eu tirava o sobretudo rapidamente, e segurava o cabo de minha espada, pronto para atacar qualquer um daqueles vampiros. Soren continuou sorrindo, e fez um gesto para me acalmar.
_Não se preocupem, vocês dois. Vieram ao lugar certo. Aqui, ninguém compactua com a... Concorrência.
Ao ver a expressão de perplexidade em nossos rostos, Soren completou:
_Sou Soren Johanson, líder dos Vildfarne, e principal rival do grupo Grådig. Será um prazer trabalhar com vocês, kammerater.
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