segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Crônica #19: Another Meeting

Muito bem... Mais um capítulo novo saído! Na verdade, há uma ou duas semanas que ele está pronto, mas é isso mesmo. Tanta coisa pra fazer em tão pouco tempo... Próxima vez já postamos assim que sair, e será com exclusividade, então, visitem o blog, se quiserem saber o resto da história (isso mesmo, meninas! Nada de pen drive! Viva a revolução!) =P
-> Obs.: Eu já devia ter posto isso aqui, por sugestão das minhas amigas, mas acabei esquecendo, mas agora vai: Atenção, esta série começou a ser escrita ANTES dessa "crepusculomania". Então... Somos originais, a tal autora que nos imitou u.u
-> Obs. 2: Estou "adornando" o blog (isso mesmo, "adornando"... Enfeitar é coisa de pobre). Já coloquei um contador de visitas fofo, bem como um reloginho. Vou arrumar mais coisas pra colocar, assim que der tempo. Então, façam a parte de vocês! Os números do contador só mudam com visitinhas! <3






- Vamos. Vai ser divertido. Você conhecerá minha família, Sophy. Tenho certeza que irão gostar de você.

Mas não importava. Nada do que ele dissesse me faria sentir menos ansiosa. Estava assim desde a manhã, depois do café no hotel, ainda em Sarlat-la-Canèda. Quando decidimos de fato ir a Kiev, meu noivo animadamente sugeriu uma pausa na casa de seus avós, para uma visita. E agora, no avião, quase chegando ao nosso destino, eu ainda me sentia tensa.

- Veja pelo lado bom – Roberto, que estava na fileira da frente, se virara para trás, em nossa direção – Não precisaremos pagar um hotel.
- É verdade – Mikhail sorriu, tocando minhas bochechas – Eles ficarão felizes em nos receber. Já há algum tempo, inclusive, que me pedem para visitá-los.

Eu balancei a cabeça, em sinal afirmativo. Sim, nós iríamos vê-los. Mas isso ainda me deixava meio nervosa. Afinal, essa era também a primeira vez que eu ia a um lugar onde só havia humanos. Eu não sabia exatamente como devia me comportar, para que eles não percebessem a minha natureza e ficassem com medo. Ou pior: que fossem contra o noivado.
Como que lendo meus pensamentos, Mikhail apenas segurou minhas mãos entre as dele, encostando a cabeça na minha.

- Vai ficar tudo bem... Apenas seja você mesma.

Eu sorri, tranqüilizada. E aí, pousamos. Em Kiev.

Meu noivo estava visivelmente contente por estar em casa. Deu rápidas instruções em ucraniano ao taxista, e logo estávamos em frente a um sobrado, em um bairro calmo e arborizado. Não era tão grande, mas tinha uma fachada delicada e muito bonita. Saltamos do táxi com nossas malas, atravessando o pequeno jardim à frente do sobrado, em direção à porta.
Engoli em seco, enquanto Mikhail tocava a campainha. Em um instante, uma senhora idosa de aspecto adorável abriu a porta, e sorriu feliz ao ver a visita. Aquela era, sem dúvidas, a avó.

- Meu menino! – e abraçou Mikhail, animada – Sabíamos que viria, mas não tão cedo. Trouxe amigos, não? – e olhou para mim e Roberto, com um sorriso afável – Por favor, entrem!

Nós entramos, fechando a porta atrás de nós. Um senhor também veio nos receber, abraçando meu noivo e acenando para nós.

- Sophy, Roberto... Estes são meus avós, Marie e Dimitri Stravinsky. Vovô e vovó... Meu colega de pesquisas, Roberto Andolini... E esta... – Mikhail me pegou pela mão, me conduzindo gentilmente para perto – É Sophia Von Klaus... Minha noiva.

Eu corei levemente, sem graça, enquanto o casal idoso me olhava com atenção. Prendi a respiração, esperando por uma reação negativa. Mas então, ambos me abraçaram forte, sorrindo amavelmente.

- Seja bem-vinda – sussurrou para mim a Sra. Stravinsky, com a voz acolhedora.
- È uma bela moça – disse o Sr. Stravinsky, indo para o lado de Mikhail – Tenho certeza que escolheu a garota certa. Ela deve ser muito especial.
- Sim, ela é – ele respondeu, sorrindo pra mim.
- Bom, a casa está limpa, e o jantar, quase pronto. Por que não se acomodam em seus quartos? – sugeriu a senhora, soltando-se de mim – Eu irei levá-los até eles.

Ela subiu as escadas, e nós a seguimos, levando nossas malas. Paramos em frente a um quarto simples, com uma cama, criado-mudo e armário, as paredes e cortinas brancas.

- Este é o quarto de hóspedes. O jovem pesquisador pode ficar aqui.

Roberto agradeceu e adiantou-se, entrando para arrumar as coisas. Enquanto isso, a senhora nos levou ao quarto vizinho. Ele tinha paredes brancas, cortinas azuis, e, além da cama, um armário com muitos livros, um computador, e mais alguns objetos. Mikhail deu um sorriso largo, entrando e colocando sua mala em um canto.

- Está exatamente como deixei. Obrigado, vovó.
- Por nada. Cuidei para que fosse limpo, mas sem mudar as coisas de lugar. Sabia que gostaria.
- Obrigado mesmo...
- Bom... – ela virou-se para mim, calma – A jovem Sophia pode ficar aqui com o Mikhail. É uma bicama, e você pode usá-la e ficar aqui com ele.

Eu sorri, agradecendo, e coloquei também minha mala no quarto, enquanto acertávamos mais detalhes da organização. E assim, estabelecemo-nos em Kiev. Na casa de minha nova família.

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